quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Reler o livro de Mórmon - um convite apostólico


No último fim de semana (03 e 04/10/2015) participei de um evento que aprecio muito, a Conferência Geral semestral de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Nessa reunião - que acontece sempre no primeiro fim de semana de abril e de outubro - temos a oportunidade de ouvir os conselhos do Profeta vivo, dos Apóstolos modernos e de outros líderes atuais da Igreja, verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, chamados por Ele para liderar o trabalho de preparar a Terra para a Sua Segunda Vinda.

Um dos discursos que me chamou muito a atenção foi proferido pelo Élder Neil L. Andersen, um dos Doze Apóstolos modernos do Senhor Jesus Cristo, que, dentre outras coisas nos convidou a reler o Livro de Mórmon de capa a capa (para ver o discurso completo, clique no play, abaixo).



Diante desse convite, fiquei animado para ler mais uma vez esse livro que amo tanto e que mudou minha vida. Porém, devo confessar que já comecei a relê-lo duas vezes esse ano, mas não dei continuidade em nenhuma das ocasiões. Acontece que eu já li o Livro de Mórmon mais de trinta vezes (parei de contar há alguns anos), e hoje em dia quando tento relê-lo acabo me enfadando com a história que já conheço e termino estudando um ou outro tópico ou capítulo de interesse, em vez de ler a obra completa. Então fiquei num impasse: o Apóstolo me convidou a ler o Livro de Mórmon inteiro mais uma vez, mas minhas últimas experiências com isso não foram muito produtivas... e agora, o que fazer?

Pensando a respeito de como poderia cumprir com essa designação sem me enfadar, lembrei-me de uma experiência pessoal relatada por outro Apóstolo moderno do Senhor Jesus Cristo, o Élder David A. Bednar, que numa reunião aqui no Brasil há alguns anos comentou que cada vez que lia o Livro de Mórmon de capa a capa, ele o fazia procurando aprender sobre um tópico específico. Assim, no espaço de alguns anos ele encheu sua estante com vários exemplares do Livro de Mórmon, um focado no estudo da fé, outro do arrependimento, outro da caridade e assim por diante. Ao lembrar dessa experiência resolvi colocá-la em prática, e desde domingo tenho lido o Livro de Mórmon buscando entender mais a respeito de fé, afinal esse é o primeiro princípio do evangelho e um bom ponto de partida. E essa foi a solução para meu problema com a monotonia de reler uma obra que conheço bem.

Para não estender-me demais nesse post, concluo dizendo que cada dia desde domingo tem sido um deleite espiritual. Tenho sentido o Espírito Santo tocar meu coração ao perceber que a história relatada no Livro de Mórmon é uma história de fé, desde a página de rosto, coisa que ainda não tinha percebido com tanta clareza. Além disso, tenho aumentado minha compreensão sobre o que de fato é fé e como posso exercê-la mais plenamente em minha vida. Mas o mais importante de tudo, é que o Livro de Mórmon voltou a ser uma leitura deleitosa para mim, e meu testemunho de que esse livro é verdadeiro tem aumentado a cada página.

Sei que o Livro de Mórmon é a palavra de Deus, assim como a Bíblia. Os dois andam de mãos dadas, complementam um ao outro e testificam de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, nosso único Salvador e Redentor. E se você chegou ao fim deste post, convido-o a ler ou reler o Livro de Mórmon e orar e perguntar ao Pai Celestial se essa obra é verdadeira. Quando fazemos isso com o coração sincero, Deus responderá nossa oração por meio do Espírito Santo, e saberemos que é verdade. E se você não tiver um exemplar do Livro de Mórmon, fale comigo que eu enviarei um sem custo, por meio de representantes oficiais da Igreja.

Fonte da imagem de abertura: http://ldsdiary.tumblr.com/image/73697101138, acesso em 08/10/2015

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Filhos - um tesouro inestimável


Ontem cheguei do trabalho extremamente cansado. Tenho trabalhado em dois turnos há vários meses para conseguir pagar a prestação da casa que compramos. Tenho meu emprego normal das 9h às 18h e, após chegar em casa, faço frilas de tradução até o horário que o corpo e a cabeça aguentam: 1h, 2h, 3h da manhã...

Porém, entre um turno e outro de trabalho, tenho minha esposa, Katya, e nossos dois filhotes, a Amanda de 2 anos e meio, e o Thomas de 8 meses. Quando eu chego em casa, não tenho escapatória: é preciso pegá-los no colo, amassar, beijar, jogar pro alto, deitar e rolar, pular na cama, etc. etc. etc.

Às vezes, quando estou cansado demais (como ontem), só tenho vontade de sentar um pouco no sofá e esperar a vida passar. Não dá pra mentir: às vezes é difícil manter o ânimo diante dos dois pimpolhos pipocando pra lá e pra cá.

Mas ontem resolvi esquecer dos prazos, parei de pensar nas traduções ainda a serem feitas, na prestação que precisa ser paga e nas tantas outras pedras que nos atropelam pelo caminho.

Segurei minha filha nos braços enquanto cantamos um belo hino sobre Jesus Cristo, chamado O Milagre. É interessante como ela sempre chora e me abraça quando esse hino em especial acaba. Não é choro de tristeza, nem de alegria. Acho que é o choro de sentir algo especial na alma. Depois, coloquei uma valsa e dançamos pela sala com a minha filha às gargalhadas.



Peguei o Thomas no colo e dei vários cheiros nele, até ele também gargalhar. Olhei para minha filha e lá vem ela com o tablet na mão. Ela senta no sofá e sozinha abre o aplicativo do alfabeto. Começa a desenhar as letras e repetir: "Leta A... Leta B...". Coloquei o Thomas no berço e ele já foi se agarrando nas grades e ficando em pé sozinho. É emocionante ver o progresso desses baixinhos. A primeira vez que ele ficou em pé no berço foi sábado. Já está na hora de eu baixar o colchão...

Seguimos nesse ritmo, contando histórias, brincando, orando e nos divertindo muito, até que os olhos começam a ficar pesados e chega a hora de dormir. Enquanto a Katya cuidava do Thomas, fui preparando a Amanda: dei a mamadeira, escovei os dentes dela e peguei-a no colo para embalá-la, enquanto fui contando a história da branca de neve.

Amandinha começou a enrolar os cabelos com o dedo, sinal de que já ia pegar no sono. Sentei na cama com ela deitada no colo e fui balançando devagar, esperando que ela logo adormecesse. De repente, ela abre bem os olhos e me encara. Sentou-se no meu colo e disse, jogando os braços no meu pescoço: "Um abaço, papai, um abaço".

Envolvo-a em meus braços e ela me aperta como a Felícia apertaria um gatinho. Um abraço tão gostoso, genuíno e espontâneo. Ela então volta a deitar em meu colo e diz: "Umpamo, papai", que significa "Eu te amo, papai", e em seguida cai no sono.

Enquanto a observo em meu colo e pondero a expressão de amor e afeto que acabei de receber dela, meu coração se enche de alegria e percebo que os filhos são um tesouro inestimável. Vale a pena qualquer sacrifício para trazê-los ao mundo. E vale muito mais qualquer sacrifício para passar todo o tempo possível com eles.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Quem planta, colhe


Fui convidado para falar na reunião sacramental da Igreja no último domingo (12/07/2015),tendo como tema o discurso "Colher os Frutos da Retidão", do apóstolo Gene R. Cook (disponível na íntegra em http://lds.org/liahona/2015/07/reaping-the-rewards-of-righteousness.head1?lang=por).

Quando recebi o convite, na hora me lembrei das hortas e dos pomares que minha família mantinha lá no Rio Grande do Sul.

No pomar da casa de meu avô tínhamos pés de goiaba, ameixa, laranja, araçá, butiá, bergamota, cidra, abacate, pitanga, morango... Na horta que cultivávamos na casa de meu pai tínhamos feijão, couve, espinafre, alho, abóbora... Eram tantas variedades que eu nem me lembro de todas. 

Nas boas tardes que passei com meu pai capinando e cuidando das plantas, aprendi uma lição importante, que na verdade é uma lei da vida: nós colhemos o que plantamos. Quando comecei a compreender melhor o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo, percebi que essa lei também é uma lei eterna.

Em D&C 130:20-21, uma revelação recebida pelo profeta Joseph Smith há mais de 150 anos, lemos que

"Há uma lei, irrevogavelmente decretada no céu antes da fundação deste mundo, na qual todas as bênçãos se baseiam. E quando recebemos uma bênção de Deus, é por obediência à lei na qual ela se baseia."

Poderíamos dizer isso da seguinte maneira: quando colhemos uma bênção de Deus, é por termos plantado a lei na qual ela se baseia. 

A mensagem do Elder Cook, um apóstolo verdadeiro do Senhor Jesus Cristo, cujo link deixei acima, começa com a seguinte declaração: "o mundo está literalmente em comoção". O mundo em que vivemos é um mundo de leis relativas, leis mutáveis, bem diferentes das leis da natureza, certas e imutáveis, que são as leis de Deus. Essa relativização de tudo é o que nos causa ansiedade, angústia e muitos outros males.

O Élder Cook então continua: "Muitos de nossos desafios estão na esfera espiritual. Trata-se de questões sociais que nós como indivíduos não podemos necessariamente resolver."

Achei muito interessante o fato de ele ter descrito questões sociais como desafios espirituais. A princípio, podemos supor que questões sociais sejam pertinentes a esta terra, enquanto os desafios espirituais vinculam-se a planos mais elevados de existência. Porém, como o Élder Cook afirma, eles estão intimamente ligados.

Um exemplo dessas questões sociais de nossa época, que não poderemos resolver, mas para as quais poderemos nos preparar espiritualmente é o aquecimento global. Lemos notícias e relatórios científicos sobre o assunto. O tom é de alarme e as causas apontadas são o aumento das emissões de CO2. Teóricos afirmam que se mudarmos esse ou aquele hábito, conseguiremos barrar e reverter o aquecimento da terra. Em todo lugar vemos campanhas de conscientização, mudanças nas legislações e protestos de artistas e ativistas.

Porém, se esses teóricos e ativistas estudassem as escrituras e acreditassem nelas, saberiam que o aquecimento global foi profetizado há séculos, e que é um prenúncio de um evento muito maior e mais significativo, a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo à terra.

Em D&C 133:26, outra revelação registrada por Joseph Smith, em que o Profeta descreve as condições do mundo nos últimos dias antes do retorno do Salvador, lemos o seguinte:

"E aqueles que estiverem nos países do norte serão lembrados pelo Senhor; e seus profetas ouvirão sua voz e não mais se conterão; e ferirão as pedras e o gelo se derreterá diante deles."

O que é o aquecimento global senão o derretimento do gelo das calotas polares da terra?

Analisando essa questão a partir do ponto de vista das escrituras, podemos encarar o aquecimento global da maneira correta: como um sinal de que o retorno de Cristo está muito próximo. Com essa perspectiva em mente, fica a pergunta: para qual evento vamos nos preparar? Para o aquecimento global, ou para o retorno do Salvador?

A resposta muda drasticamente nossa forma de preparação.

As escrituras estão repletas de outras profecias sobre esta época em que vivemos. Se as lermos com o espírito de revelação, veremos que muitas conquistas sociais da atualidade são, na verdade, sinais de que o retorno de Cristo está muito próximo. Não temos o poder para alterar o fluxo da história, mas precisamos interpretá-lo corretamente.

O Elder Cook continua: "Apesar [dessas questões sociais que não podemos resolver], há recompensas reais que podemos receber individualmente, mesmo numa época em que a retidão está em declínio no mundo inteiro."

Infelizmente, vivemos numa época em que guardar os mandamentos de Deus não é popular, chique ou "top", como se diz por aí. Na verdade, guardar as leis de Deus nunca foi uma ideia de vanguarda em relação aos padrões do mundo. Porém, como esse apóstolo verdadeiro do Senhor Jesus Cristo afirmou, há recompensas reais que podemos receber individualmente pela retidão. Ou seja, quem planta as leis de Deus, colherá a recompensa.

Chama-me a atenção o fato de ele ter usado a palavra individualmente.

Alguns meses atrás, um amigo me questionou por que Deus não se mostra a todos abertamente e mostra qual o caminho correto a ser seguido. Minha resposta foi de que estamos nessa vida para descobrir individualmente o caminho de volta ao nosso Pai Celestial. É uma jornada e uma busca pessoal que nem todos querem empreender. Alguns vêm ao mundo e buscam dinheiro; outros buscam fama; uns buscam sabedoria, outros buscam o ativismo social; uns buscam alcançar um recorde, outros buscam desenvolver um talento. Há até quem não busque nada. E há também aqueles que buscam Deus. É um desejo individual, e cada um encontrará aquilo que buscar.

Para aqueles que buscam Deus neste mundo, o Elder Cook alerta:

"Às vezes, a perspectiva do mundo faz com que nos concentremos em questões [...] que [...] nos desviam de um comprometimento espiritual profundo."

Nesse caso, cabe perguntar-nos honestamente: estamos empreendendo alguma busca pessoal que está nos impedindo de encontrar Deus?

Mais pra frente em sua mensagem, o Elder Cook apresenta três conselhos que, a meu ver, nos ajudam a avaliar se estamos de fato buscando o Senhor. Ele nos ensina a

" 1.  Criar Sião em nosso coração e lar. 
2.  Ser uma luz para as pessoas a nossa volta. 
3.  Concentrar-nos nas ordenanças do templo e nos princípios ali ensinados."

Ele então complementa cada um desses pontos:

"Ao edificar Sião em nosso coração e lar, precisamos enfatizar a diligente prática religiosa no lar, realizando diariamente a oração familiar, o estudo das escrituras e a noite familiar semanal. Nesse ambiente, podemos ensinar e educar nossos filhos. Fazemos isso com amor e bondade, evitando críticas indevidas aos filhos e ao cônjuge."

"Se seguirmos o conselho de sermos uma luz em meio às pessoas que nos rodeiam, não podemos camuflar quem somos. Nossa conduta deve refletir nossos valores e nossas crenças. Quando for adequado, devemos participar de debates públicos."

"Viver de modo a sermos dignos de uma recomendação para o templo, receber as ordenanças do templo e ser leais a nossos convênios são coisas que nos dão o enfoque e a visão para permanecermos no caminho do convênio."

Se quisermos colher as bênçãos de Deus, precisamos plantar essas leis de Deus em nosso coração e cultivá-las diariamente. É preciso adubá-las com o estudo das escrituras que fortalece o testemunho. É preciso regá-las com orações que destilam o orvalho do céu e fomentam a revelação pessoal. É preciso mudá-las de um vaso menor para um maior, ou de uma condição espiritual menor para uma mais elevada. E é preciso podar e tirar de nosso coração as ideias, conceitos e mesmo as leis nas quais acreditamos, mas que são opostas às leis de Deus.

Testifico que essas coisas sobre as quais falei são verdadeiras. Deus existe. Ele é nosso pai. Jesus Cristo é seu primogênito espiritual e seu unigênito na carne. Os sinais de seu retorno estão se cumprindo, e para nos ajudar a seguir seu caminho, o Senhor restaurou sua verdadeira Igreja e chamou apóstolos e profetas para nos orientar e advertir. Se seguirmos os conselhos deles, buscaremos Deus é o encontraremos.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Lasanha de frango

Alegria estampada no rosto da galera
Sábado passado fiz uma lasanha de frango para uma atividade dos jovens na Igreja (olha a alegria deles na foto ao lado). Depois de receber muitos elogios (modéstia à parte), fiquei pensando em meu pai, com quem aprendi a receita. A lasanha de frango que meu velho fazia era um primor e muito famosa entre aqueles que tiveram a oportunidade de prová-la.

Isso me fez lembrar de quando servi como missionário da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias no nordeste do Brasil, ocasião em que tive muitas oportunidades de mostrar meus dotes culinários aos meus conservos na fé.

Numa dessas oportunidades, escolhi fazer a lasanha da frango do seu Milton (meu pai), só que, por algum descuido, comprei menos queijo que o necessário. Quando percebi o erro, já era tarde: a saída foi improvisar.

Abri a geladeira pra ver se não haveria mais algum naco de queijo em algum canto, e realmente não havia. Porém, encontrei um pote de Cremucho, um tipo de queijo cremoso que não se fabrica mais, e pensei em fazer um molho branco com ele para substituir o queijo em falta. Foi a descoberta da minha vida!

No fim das contas, a lasanha ficou melhor que a do meu pai, e acabou virando tradição aqui em casa. Quando alguém vem jantar ou almoçar conosco, em geral faço essa preciosidade, que deixa todo mundo de queixo caído.

Ingredientes
1 pacote de massa para lasanha (utilizo da marca Renata, 500g, mas pode-se usar massa fresca também)
750 gramas de queijo muçarela
Queijo ralado

Molho de frango
Azeite (o suficiente para dourar a cebola)
1 cebola grande picada
6 dentes de alho picados
2 peitos de frango desfiados (é uma lasanha bem recheada)
Água do cozimento dos frangos (vale a pena coar para tirar pedacinhos de osso que porventura soltem da ave)
100g de azeitonas picadas
1 sachê de molho de tomate
1 cenoura ralada (serve para tirar a acidez do molho de tomate)
Sal
Tempero italiano (compro pronto, da marca Kitano)
Mangericão
Orégano

Molho branco
1 colher de sopa de manteiga
4 dentes de alho picados
3 xícaras de leite
2 colheres de sopa de maisena (cheias)
1 pote de requeijão (infelizmente, o Cremutcho não está mais no mercado há anos, então substituí-o por um bom requeijão)
Noz moscada
Sal

Preparo
A primeira coisa a fazer é o molho de frango, que não tem mistério.

1 Cozinhe bem os dois peitos de frango na pressão, com um pouco de sal, e desfie-os. Reserve a água do cozimento.

2 Numa panela grande, doure a cebola no azeite com uma pitada de sal. Acrescente o alho e deixe dourar também.

3 Baixe o fogo, acrescente o frango desfiado, as azeitonas e a cenoura ralada. Misture bem.

4 Acrescente a água do cozimento do frango e espere ferver.

5 Adicione o molho de tomate e deixe levantar fervura novamente.

6 Prove e acerte os temperos: sal, tempero italiano, manjericão e orégano à gosto. Deixe ferver um pouco mais em fogo brando.

Agora é hora de fazer o molho branco.

1 Numa panela média, derreta a manteiga e doure o alho com uma pitada de sal.

2 Dissolva a maisena no leite e junte ao alho. Baixe o fogo.

3 Acerte os temperos: sal e noz moscada à gosto.

4 Mexa a mistura até começar a engrossar.

5 Adicione o requeijão e misture bem. Acerte os temperos e retire do fogo antes de ferver.

Agora, vamos montar a lasanha.

1 Num refratário grande, forre o fundo com molho de frango; na verdade, mais molho do que frango (eu fazia em um refratário de 5 litros, mas o coitado caiu no chão e quebrou. Se não tiver um refratário grande como esse, utilize dois de 2,5 litros).

2 Alterne camadas de massa para lasanha (eu uso a que vai direto ao forno, que não precisa passar na água quente antes. Muito mais fácil de trabalhar), molho de frango e queijo até um ou dois centímetros da borda. Use de generosidade para com o recheio :)

3 Para a última camada, utilize o molho branco.

4 Finalize cobrindo com queijo e espalhe queijo ralado por cima. Cubra com papel alumínio.

Depois de montada, é só ir pro forno brando. Quando o molho ferver, tire o papel alumínio e deixe assar mais um pouco, até dourar por cima.

Essa maravilha já serviu 7 pessoas lá em casa e ainda sobrou um pouco pra janta!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

De grão em grão...


Uma coisa que aprendi com meu pai, mas que acabei esquecendo por alguns anos, foi sempre comprar algo a mais no mercado e deixar guardado para um momento de necessidade. Meu velho quase sempre comprava um enlatado extra - sardinhas, milho, ervilha, etc. - que ele mantinha numa prateleira na garagem dedicada só para esses itens de armazenamento. Infelizmente, quando saí da casa do meu pai, lá no Rio Grande do Sul, e vim tentar a vida em São Paulo, acabei não dando continuidade àquela prática tão bacana, talvez por falta de planejamento ou priorização.

Porém, semana passada, quando estava abrindo uma lata de milho pro almoço, lembrei das prateleiras cheias de enlatados na casa do Miltinho e me veio um sentimento muito nítido, uma inspiração de que eu deveria comprar um enlatado extra a cada vez que fosse no mercado, e assim aumentar o nosso armazenamento doméstico.

E foi isso que comecei a fazer já no dia seguinte, quando fui ao mercado após o almoço comprar uma fruta para o lanche da tarde: aproveitei o embalo e comprei uma lata de sardinhas. Desde então, cada vez que minha esposa e eu fomos ao mercado, sempre trouxemos algo a mais, e o que estamos descobrindo é a sabedoria daquele velho ditado: "de grão em grão, a galinha enche o papo". Ou, como diz um profeta do Livro de Mórmon,

é por meio de coisas pequenas e simples que as grandes são realizadas.

Dia após dia, o nosso cantinho do armazenamento vai ficando mais cheio e colorido. Em uma semana, o resultado você vê na foto acima.